O SHOW
ACT I
Após as portas do clube se fecharem, uma rala luz se acendeu no palco, iluminando Cosmo, fiel DJ de Azealia. Ouvimos então um interlúdio, um sample de “Wildfire Propeller” de Lone, O telão se acende, jorrando luz branca sobre a plateia. Algumas imagens de Banks vestindo sua coleção da Dior são mostradas, sendo projetadas de trás para frente, algumas vezes com as cores invertidas, ouvimos então um monólogo, a nova-iorquina enuncia.
“Toda minha vida eu estive esperando por um tempo bom (tempo bom),
e essa é a minha chance, não os vou decepcionar (decepcionar).
Filhos da puta, não posso ser ignorada.”
Após o monólogo, as imagens sofrem de pesada distorção, as luzes se apagam. O telão então mostra o seguinte dizer:
“I did not came to play with you hoes”
As luzes se apagam novamente, então outra frase é mostrada, dessa vez:
“I came to slay, bitch”
O instrumental até antes calmo e melódico, tem a adição dos pesados kicks de Machinedrum. Aos poucos, “Wildfire Propeller” se tornou o instrumental de “1991”. Com as luzes apagadas, a negra do Harlem grita:
“Los Angles, let’s fuck it up!”
Enquanto os scratches da canção começavam a ser ouvidas, pudemos ver o colorido clipe encher os telões. Banks saltitava pelo palco, esperando começar a fazer o rap. Enérgica, rimou o primeiro verso da canção inteiro, fazendo uma sutil coreografia acompanhada de seus conhecidos dançarinos, Matthew e Elena. A norte-americana conduziu a música com ânimo, oferecendo o microfone para a plateia a acompanhar durante o estribilho da canção. Após o término da canção, Azealia parou para tomar um gole de água e então gritou:
“This is Van Vogue, hoes!”
O telão então foi tomado pelo clipe escuro da música, o sample de Machinedrum foi tocado pelo DJ Cosmo e Banks, então, se tornou séria, soltando onomatopeias semelhantes ao latido de um cachorro. Fazendo um “flow” impetuoso durante o primeiro verso, Banks só amoleceu suas expressões durante o gancho da canção, soltando ternamente melismas sobre a base que tocava ao fundo. Novamente focada, a nova-iorquina continuou com sua grave voz rimando pelo segundo verso, o instrumental ascendeu até o segundo gancho da canção, em que a voz de Azealia sofria uma alteração em seu tom, agravando sonoridade demoníaca. Terminando o segundo gancho com sonoro grito, Banks prosseguiu para a ponte da canção, cantando em voz quase falada, concluiu a canção. O instrumental aos poucos foi diminuindo, enquanto a sonora “Pinneapple Crush” de Lone tomava amplitude. A nova-iorquina então começou a beirar o palco, bebericou a garrafa de água e começou a cantar o primeiro verso, vez e outra, deixava a base rolar enquanto gritava algo como “oh” ou “hey”. O mesmo aconteceu com o gancho da canção, de praxe, Banks deixou o instrumental tocar enquanto murmurava “hey, hey, hey, hey, hey, hi, hi, hi, hi, hi, I’m alright, right, alright, uh, oh, uh, aaaaaah”. A negra possessa tornou-se, impetuosamente progrediu pelo segundo verso enquanto coreografa alguns simples passos ou simplesmente gesticulava com suas mãos. Durante a quebra rítmica que separa o segundo e terceiro versos, Banks desceu até o chão, rebolando. De volta e em pé, Azealia dispersou suas rimas, inclusive o trecho que “sampleou” de Nicki Minaj, em “Kill Da Dj”. O instrumentou progrediu até o segundo gancho, em que a nova-iorquina repetiu sua estratégia de deixar a base rolar por trás de sua voz, dessa vez adotando tom mais falado enquanto cantava o verso. Azealia então se despediu rapidamente dos fãs, para uma troca de figurinos:
“Thank you guys, I’ll be right back!”
ACT II
De volta, com uma roupa mais descontraída, Banks está. O instrumental de O/W/W/W/L/S toca, então Azealia emerge da pouca luz presente gritando:
“I’m back, this is Atlantis!”
Acompanhada de seus dançarinos, faz uma coreografia enérgica, cantando com ânimo e paixão uma das favoritas do público de sua primeira mixtape, Fantasea. Fazendo um voguing básico, Banks progredia pela música enquanto as imagens do clipe com inspiração seapunk eram projetadas em suas costas. Banks então bebericou um pouquinho de água e passou para a próxima música do setlist, Esta Noche. O sample de Munchi foi tocado, mas precedido por um interlude de Get It On Tonite, de Montell Jordan. A nova-iorquina imitou o som dos pick-ups quase como um pato, cantando “qua, qua, qua”. A música, então, começou e Azealia energicamente conduziu a canção. Aos poucos, uma gradual transição fundia a produção de Munchi com Drums of Death. A iluminação do palco mudou, luzes rosa tomaram conta do mesmo.
O telão então foi preenchido com cenas de Azealia e mais duas dançarinas fazendo voguing, ambas dançavam exaustivamente. Enquanto isso, o sample da Drag da canção original era tocado. As imagens ao fundo se alteravam conforme o andamento da canção, diferindo entre o preto e branco e as cores negativadas, em raros momentos com sua tonalidade original. A coreografia da canção era uma rotina relativamente pesada de voguing. A canção chegou ao fim, Azealia então deixou o palco, dizendo um breve “Be right back”.
ACT III
Ainda do camarim, Azealia começou com um acapella. Cantando o primeiro verso de Chasing Time cru, só chegou ao palco quando a batida começou, junto a uma explosão de gelo seco e luzes. Banks então pulou o primeiro verso da canção, procedendo logo ao pré-refrão. Os dançarinos e ela faziam coreografia semelhante ao vídeo, que era projetado atrás da estadunidense.
Após o fim de Chasing Time, ouvimos pesados kicks. Aos poucos, os kicks se misturavam com ladros de cachorros. A batida foi se clareando, até fundir-se no instrumental de Wallace. A nova-iorquina cantou a canção normalmente, fazendo apenas pequenas alterações nos arranjos do refrão, dando maior enfoque aos floreios. Ao final da canção, Banks correu pra o fim do palco, onde pegou um cachorro de pelúcia mediano e jogou-o para plateia, gritando: “Los Angeles, turn that fucking heat up!”.
Sons de motores de moto apareceram no background de Wallace, os instrumentos foram se combinando até que ficasse claro que a música era Heavy Metal and Reflective. O instrumental foi prolongado um pouco e enquanto Azealia cantava o primeiro verso da canção na pequena extensão do palco em relação à plateia, dois motociclistas surgiram do fundo do palco, fazendo círculos no palco. Banks continuou com o impetuoso flow, finalizando-o com maestria.
As motos já haviam saído do palco quando o instrumental entrou em fade-out e cessou-se por completo. As luzes se apagaram. A nova-iorquina então foi iluminada por um único spot de luz e começou a entoar o pré-gancho de Luxury. Após terminar o verso, ouvimos os sussurros que compõem a introdução. Os pesados kicks ecoavam pelo teatro enquanto Banks começava a cantar o primeiro verso. A canção progrediu, com o vídeo da canção sendo tocado ao fundo. A coreografia também era a mesma do vídeo. Após o gancho, Banks cantou brutalmente o segundo verso da canção, estando totalmente desenvolta no palco.
As luzes foram do branco ao ciano. Gelo seco cobriu o palco. Então ouvimos a nova-iorquina sussurrar “I’m so cold, this is Ice Princess!”. Ventiladores gigantes foram ligados, os fãs que estavam na plateia relataram que sentiam algumas vezes gotas d’água cair. O instrumental que se assemelha a cristais de gelo começou a tocar. Banks então cantou o primeiro verso calmamente. Durante o refrão, fez uma alteração nos arranjos, focando em melismas e floreios no mesmo. Progrediu para o segundo refrão, chegando pertíssimo do público e voltou a cantar o refrão com as alterações melódicas.
Assim como no álbum, a canção teve o fade-out estendido. Aos poucos, ouvimos gritos de “Danger” abafados. Uma percussão tomou conta do teatro. O instrumental aos poucos se clareou, era Yung Rapunxel. Azealia andava enérgica pelo palco, entoando o primeiro verso com agilidade. Empunhou-se do megafone e começou a gritar, quase como a tradição de seus demais shows. Após o eco, voltou a fazer o rap do segundo verso. Novamente empunhou o megafone, fazendo com que a plateia pulasse e cantasse junto.
O clima então esfriou. Cenas de uma floresta úmida de coníferas eram mostradas no telão. O instrumental de “Coreshine Voodoo”, do Lone, tocou. Banks então ficou de costas para a plateia, luzes rosa e vermelha piscavam. Azealia começou a entoar o primeiro verso da canção, rapidamente voltou-se ao público, caminhando na direção de seus fãs. Quando o refrão chegou, a nova-ioquina fixou-se em ponto próximo à beira do palco. Etereamente, cantou o refrão, floreios enfeitavam o verso. Uma cadência fechou eloquentemente o verso. Banks então fez rap pelo segundo verso, exaustivamente, dançou e cantou. A ponte da canção começou, a estadunidense começou a girar no palco, enquanto isso, pétalas de flores eram dispersas sobre a rapper e o público. Azealia então cantou a variação do refrão, com o arranjo alterado levemente, cantando gloriosamente a conclusão da canção.
Banks então gritou: “This is my favorite song and I know it is yours too!”. As luzes se apagaram e aos poucos tons cinza e branco pintaram o palco e o telão, que projetaria imagens do clipe. A nova-iorquina então começou com um acapella da ponte da canção. Só após de quase um minuto ouvimos o instrumental house da canção ser tocado. Azealia então começou a correr pelo palco, enquanto cantava a canção. Foi e voltou na extensão do palco, volta e meia colocando o microfone perto de algum fã empolgado, que cantava juntamente a ela. Durante a ponte da canção, ela se estabilizou na ala estendida do palco. Calmamente cantou o verso, fazendo entre as linhas melódicas alguns melismas. Então, a estadunidense explodiu. Gritando e pulando, cantou o gancho da canção. A explosão ainda durou pelo terceiro verso da canção, pelo qual Banks ainda esbanjava ânimo. Quando o gás aproximou-se de acabar, Banks voltou a gritar e pular pelo segundo gancho. Bebericou um pouco da garrafa d’água e falou que só iria trocar o figurino e voltaria.
ACT IV
Azealia voltou do camarim para o palco e então começou a explicar como funcionaria o sistema de prévias do show. Explicou que a cada show, duas canções seriam estreadas. As da noite foram “Riot” e “Skylar Diggins”. Antes de começar a cantar a primeira prévia, disse: “The first song to preview will be Riot. It’s really a song ‘bout bringing disorder, having fun and making a riot!”
Azealia se mostrou extremamente preparada para entoar a canção, os sintetizadores de tubo tocaram. Aos poucos ouvimos a voz de Banks e suas backing vocals entoarem o refrão. Animada, a nova-iorquina e duas dançarinas faziam uma coreografia ao ritmo da canção, caminhando em direção à extensão do palco. Banks então parou, cruzou os braços e começou a cantar o primeiro verso, solidificada, só movia a parte superior de seu corpo. Durante o pré-
-refrão, Banks jogava seu cabelo para trás e para frente sustentando as notas. No refrão, a estadunidense e suas dançarinas, voltaram a fazer a coreografia. Banks então continuou pela canção, alternando coreografias e sua voz entre melódica e falada.
Após o instrumental da canção acabar, a plateia ovacionou constantemente Banks, lisonjeada, agradeceu. Disse, então: “The second preview of the night is gonna be Skyllar Diggins, this song is all about being a diva, AKA a female version of a hustler, is also about being a bad bitch and liking it.”
A plateia riu, então o instrumental começou a tocar. O começo da canção tem um sintetizador que se aproxima do que no Brasil é conhecido como “tecnobrega”. Azealia então começou a cantar o primeiro verso, os fãs foram ao delírio com seu impetuoso flow. Durante o pré-refrão, Banks fez a enumeração de todos que se curvam a ela, após o concluir, a plateia gritou em alto em bom som “Aaaaaaaaaa”. O refrão então chegou, o flow intenso de Banks fez com que todos ficassem animados, a plateia pulava. O sentimento percorreu toda a canção que certamente se fez uma das preferidas do público.
Após o término da canção, a estadunidense novamente foi aplaudida. Agradeceu e desejou que a plateia tenha gostado, então se despediu do público, dizendo: “Yeah, this was the first show of the SLAY-Z preview tour! There’s so much energy in here, I can almost breath it. Thank y’all for coming, hope you enjoy SLAY-Z!”