Post by admin on Apr 3, 2016 17:25:17 GMT
FLORENCE + THE MACHINE NA ABERTURA DA MEGASTORE SAMSUNG EM NYC
PERFORMANCE DE 5 MÚSICAS
Florence + the Machine está se esforçando ao máximo para trazer a melhor promoção possível para o novo disco da banda, Submerged, e seu respectivo primeiro single, Swimming, que foi lançado há duas semanas e, desde então, está quase chegando nas setecentas mil cópias vendidas. A banda de música alternativa está controlando uma divulgação de alta moderação, apesar da semana de calmaria nesses últimos dias; marcando presença em diversos talk shows e assinando um contrato com a gigante de eletrônicos Samsung, parece que Submerged já está apontando para se tornar o disco de maior sucesso do grupo com toda a expectativa e promoção a seu redor.
Hoje mais cedo, de manhã, a banda foi na abertura da mais nova megastore Samsung em Nova Iorque, Estados Unidos, onde cerca de mil fãs do grupo (os Machines) e de tecnologia estavam presentes. A loja está localizada no coração da Times Square, com excelente fluxo de pessoas diário, e é a segunda maior da marca do mundo, apenas atrás da presente em Tóquio, Japão. Florence Welch, a líder da banda, chegou no local vestindo uma roupa elegante, composta de uma camisa em seda rosa, jaqueta prata com estampa que imitava a escamação de répteis, calça bufante vinho e, completando, um chapéu abado preto e um lenço branco amarrado a seu pescoço.
Numa pequena entrevista a repórteres da CBS, que estavam cobrindo o evento e transmitindo-o ao vivo pela TV e por stream na Internet, Florence revelou que Submerged não tem nenhuma participação especial, ganhará uma trilogia de vídeos para seguir a Swimming e tem como produtor principal Paul Epworth, que já trabalhou direta e indiretamente em cada um dos álbuns do grupo. Ela ainda comentou que não espera para que seus fãs vejam os comerciais da Samsung que tem-na atuando, especialmente o que será transmitido durante o Superbowl, e que também está ansiosa para o lançamento do Smartwatch Galaxy S, descrevendo-o como “inovador” e dizendo que ajudou indiretamente na modelação do design.
Após a pequena entrevista, o evento se desenrolou. Houve a apresentação de um novo smartphone, a versão Edge do Galaxy S7+, que já havia sido previamente anunciado pela companhia na E7 desse ano, assim como um pequeno coquetel oferecido aos presentes no evento enquanto as funções e arquitetura da megastore eram apresentadas. Logo após essa pequena cerimônia de introdução, Florence + the Machine foi ao palco para dar um pequeno pocket show e cortar oficialmente a fita vermelha da porta logo após o concerto. A banda escolheu por cantar a seguinte setlist:
1. You've Got the Love
2. Spectrum
3. Ship to Wreck
4. What the Water Gave Me
5. Swimming
Para o show, Florence decidiu por manter a roupa que usou previamente na entrada do evento, apenas tirando seu chapéu e mostrando suas longas madeixas ruivas e naturais. O palco, apesar de simples, estava bem produzido, apresentando uma lua feita de pequenos espelhos retos como os de discoballs compondo-a. Com cerca de dois metros de altura, o satélite parecia o usado no poster da Cosmic Tour (2009-2011) e no próprio clipe de You've Got the Love, trazendo um clima mais místico para o estágio. A performance começou com os membros de background já estabelecidos com seus instrumentos no palco. Quando eles começaram a tocar a versão live do instrumental de YGTL, a platéia já mostrou satisfação com pequenos gritos.
Florence Welch foi descendendo ao palco, lentamente, enquanto estava sentada na base da lua. Enquanto o satélite descia, Florence fazia gesticulações à audiência em reverências de agradecimento. Os vocais da cantora estavam muito similares à versão de estúdio e, apoiados nos riffs de guitarra, impressionaram a todos na platéia. Uma leve neblina de fumaça cobria a parte inferior do palco e reforçava o sentido de mistério, ajudando para a estética geral do live.
Logo após a canção, Spectrum começou a ser performada. Florence e a lua ainda estavam na metade da altura do pé-direito do palco, estendida, há cerca de dois metros do chão. Para Spectrum, um tema mais lúdico foi usado; a fumaça no chão foi reforçada e intensificada e os telões atrás do palco mostravam algumas estrelas que periodicamente brilhavam mais que as outras – em vez de pontos, eram realmente figuras de cinco pontas, uma fantasia mais infantil da forma. Quase uma performance acústica, Spectrum mostrou o melhor lado de Welch: a adequação de seu tom vocal, não importando o ritmo usado no live.
Depois de Spectrum, a fumaça do palco foi levemente se extinguindo, restando apenas alguns focos bem ralos de neblina. A lua foi lentamente se abaixando ao passo que a banda de fundo começava a tocar o instrumental de Ship to Wreck, segundo single do How Big, How Blue, How Beautiful (2015). A música, um pouco mais rock que as apresentadas anteriormente, deixou toda a audiência dançando e cantando junto com Welch. A vocalista ficou em pé no satélite enquanto ele estava há cerca de cinquenta centímetros do chão e pulou quando o último refrão começou, quebrando a bridge com um longo riff de guitarra. Para tal, Florence usou uma voz mais rouca e seca, seguindo a tonalidade menos pop da canção.
Quando Florence já estava no chão e Ship to Wreck já havia terminado, uma canção inédita foi performada. “Olá, Nova Iorque!”, ela gritou para as mais de mil pessoas presentes na cerimônia. “Essa música se chama What the Water Gave Me e foi inspirada no quadro de mesmo nome da Frida Kahlo. A canção usa a água de metáfora para as grandes coisas que são difíceis de descrever, forças tão grandes que você não sabe expressar em palavras. São coisas enormes mas não más; tipo desconhecidas. Porque eu as sentia muitas vezes. Com How Big, How Blue, How Beautiful, eu entrei nesse mundo de turnê e constantes festas, e eu sempre me sentia muito sobrecarregada, cansada, mas sempre feliz. Espero que vocês se sintam assim hoje”.
Logo após o fim do pequeno discurso, a banda começou a tocar os primeiros acordes da canção, enquanto a fumaça ganhou uma tonalidade azul clara e as luzes se movimentavam com menos intensidade pela loja. Com uma voz mais doce, seguindo a melodia mais lowtempo da música, a performance da canção foi um dos pontos mais fortes da manhã. Isso aconteceu, especialmente, pelo conjunto da ansiedade pelo fato de What the Water Gave Me ser inédita e por toda a calma que o contraste entre estética do palco e clima menos agitado da performance causaram. Nessa parte do pocket show, Welch ainda deu um clima mais interativo à audiência, conversando com as pessoas mais próximas e apontando o microfone para alguns membros da plateia.
Para fechar o show, a banda alternativa resolveu escolher o primeiro single do Submerged, a melancólica Swimming. “Se você não conhece essa música, saia daqui”, Welch riu pouco antes de começar a cantar. Num clima descontraído, com holofotes em formato de feixes de luz atravessando a água e tonalidade mais azulada da fumaça, bem rara e dispersa numa camada inferior do estágio, a performance foi marcada pelo coro de vozes na plateia, com todos cantando o single com a vocalista. A voz dela soava angelical e seguia a melodia majoritariamente composta com sons de piano, enfatizando as letras da música. Ao final, vários balões em tons de azul, junto com confettis prateados, caíram do teto, compondo uma estética maravilhosa para todos os espectadores. Florence agradeceu a audiência e toda a banda reverenciou em direção à plateia, enquanto todos recebiam uma ovação longa.
A cerimônia terminou aí e, logo após uma sessão de autógrafos e chats com fãs, Florence foi à entrada da loja novamente para cortar o cordão de veludo e oficializar a abertura da megastore. Em meio de muitos aplausos e flashs de câmeras, Welch cumprimentou o CEO da marca, Jong-Kyun Shin, que estava no evento e acompanhou toda a trajetória. A loja estava oficialmente aberta e funcionando às 11 horas da manhã.